3 de out. de 2010

Não é beeem Astronomia, mas...

Foto by Célio mesmo :)
Eu não sou muito de olhar pra cima de dia... O céu claro me incomoda, e nunca tem nada mais que o solitário e soberbo Sol. Mas ao mesmo tempo, penso se ele tem noção de que é tão sozinho...

Eu prefiro o céu de noite. Cheio de luzes simples, e delicadas, mas que escondem a majestade de grandes estrelas, galáxias, e corpos celestes. E no meio de tanta luz, buracos feitos de escuridão, que sugam tudo o que está perto. E é tudo tão imenso, mas pra mim, tão pequeno. Tão simples, que chega a ser surreal imaginar a verdadeira dimensão do que nos cerca além da atmosfera. Mas eu admiro quem consegue enxergar essa imensidão sem se assustar, e além disso, tirar da nossa vida a exclusividade de ser só nossa, supondo que não estamos sozinhos nessa vasta dimensão. Uma vida diferente, longe do nosso alcance, com idealizações e cultura diferentes. Mas são só devaneios de uma mente sonhadora. :)

Poder olhar pro céu e enxergar a sua matemática, sua essência, mesmo que não haja luz, é uma coisa bem louvável. E estranha. O que leva uma pessoa a querer buscar algo que ela não pode olhar de perto? Estrelas... Olhar pra pontos luminosos, e conseguir dar nomes a eles, conseguir prever as suas coordenadas, seu movimento, o seu calor.

Uma outra coisa que eu amo no céu, é a Lua. Simples, sem vida, branca, e misteriosa. Olhar pra ela é ser embebido por uma força delicada, e ao mesmo tempo arrebatadora. E você se deixa levar por essa luz pura e diáfana, até que ela domina você. Desculpem amantes do céu turquesa, mas eu não vejo isso no Sol.

Sinceramente, não sei a diferença entre um parsec e uma unidade astronômica, nunca entendi essa de "ano-luz", não sei como funciona o telescópio Hubble. Mas eu acho lindo olhar pro alto e me sentir pequena demais, e adoro saber que tem gente que sabe mais disso do que eu... Mas ao mesmo tempo sinto que quem estuda o céu não consegue mais "ler" a sua poesia, de tão preocupado que está com milhares de cálculos ;)
Ou talvez essa seja a poesia que eles enxergam no céu... Bem que poderiam me dizer uma dia.

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OBS: Esse texto teve a colaboração direta de um bom colega, amante do céu e da sua plenitude noturna...
"Célio Miotto Filho" (*o* inhááá, obrigada pela ideia)

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