Algumas vezes eu sinto uma saudade diferente de todas. Eu sinto saudades de tudo o que eu não vivi, e tudo o que eu não conheci. Sinto falta do carinho que nunca senti, dos cigarros que eu nunca fumei, dos planos que não comecei, das pessoas que eu amo, mas que eu nunca toquei. Então, eu me conformo com os devaneios que invadem a minha mente pela manhã, e que me fazem errar o caminho do mercado, crio cenas, rostos, vozes, cheiros e situações.
Vejo tudo tão claro, e tão real, que algumas vezes até assusta. E entristece, deprime, machuca e me faz chorar. Eu tenho estado mal por todos esses sonhos que não se tornarão realidade. Pelo menos não tão cedo quanto eu gostaria.
E isso me faz sofrer muito, porque parando pra pensar agora, eu sei que eu não quero muito. Eu não quero muito dinheiro, uma casa enorme, um milhão de empregados e a cidade do rio de janeiro inteira apaixonada por mim. Eu quero uma Vespa, quero ver o Yuri sempre que eu puder e quero ir pra Carapicuíba, apenas isso.
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