1 de fev. de 2011

Empty diaries

Eu sinto falta dos diários que eu fazia na infância. Sentimentos, dias e segundos preciosos que eu listava com devoção nas folhas de papel. Eu ainda escrevo pra mim, a maior parte dos meus textos não são publicados, mas é um tanto quanto triste olhar pras folhas soltas no ar, sem um lugar só delas. Cadernos e datas são importantes afinal de contas.
Eu tiva uma infância, não vou dizer solitária, mas um tanto quanto incompleta. Eu saía uma vez por semana, pra dividir risos com pessoas vazias, as quais eu me agarrava pra ter lugar no lugar delas. Pra ser vista. Mas no fim, eu só tinha mesmo DUAS amigas. E pra elas eu contava muito. Mas não tudo. O resto, o mais incrivel, secreto, escuro e sensível, eu escrevia. Tal como faço até hoje. Eu não tive a infância calma, meu sentimentos sempre foram muito intensos. A dor era lancinante, a alegria era extasiante, o amor era incondicional. Por isso eu nunca vivi calmamente, e o fato é que eu nunca viverei calmamente.

LIVE TROUGH THIS

Nenhum comentário:

Postar um comentário