13 de nov. de 2010

O Enforcado

Quando eu era bem pequena, ou melhor, mais nova, porque pequena eu sempre fui, sempre achei que deveria ser o tipo de menina que todos querem. Pelo menos, todos os meninos.

Depois que eu cresci e percebi que conseguia atrair a atenção das pessoas, vi que sentia algo a mais por pessoas do mesmo sexo. Daí, precebi que me sentia atraída por algumas delas também. E agora, depois de tantas coisas e pessoas que passaram pela minha vida, de uma forma superficial, ou não, eu decidi:

NÃO QUERO NINGUÉM SE APAIXONANDO POR MIM.

Porque eu sinto que não tenho mais nada dentro de mim para oferecer. Pra ninguém. Eu quero ficar quieta, não quero lidar com as pessoas. Não quero gente me conhecendo mais do que eu mesma. Até porque eu não consigo mais sentir as coisas dentro de mim. Como se alguém tivesse tirado tudo e levado consigo.

E isso é estranho, porque por mais que eu diga que eu não gosto das pessoas, isso é mentira. Eu faço isso pra me proteger.

E agora, elas não fazem a mínima diferença na minha vida. Nenhuma delas. Como se elas fossem um sonho inútil que eu tive há algum tempo.

Eu estou perdendo a minha humanidade a cada segundo que passa pelo tempo, tão inútil quanto as coisas que sempre chegam e depois vão embora. tão inútil quanto tudo que vive e respira. Eu me sinto dissolver e desaparecer. Devagar... Torturosamente.

As lembranças das pessoas que eu tanto amo ou tanto amei se tornam mais distantes e lânguidas, a medida que a vida passa pelo meu sangue. O que aconteceu para que isso ficasse assim?

Onde eu estou dormindo agora? E o quanto isso dói dentro de mim? O quanto isso irá me afetar? E quantos sentimentos eu perderei assim?

Tudo o que eu sei é que eu chorei demais no colo da minha mãe, por causa de uma coisa que eu nem sabia que importava. Uma coisa que agora me parece tão idiota quanto as minhas atitudes sobre isso. O que eu sei é que eu quero gritar pro mundo que eu não quero desvanecer. E eu quero de volta, a pessoa que dorme na inércia.

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